terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um dia de fúria: Filhos e gírias

Há dias em que a gente se acha mais velha do que realmente é, não é mesmo? Hoje eu acordei exatamente assim...
Aliás, há dias que dá tudo errado e o melhor seria voltar pra cama, mas como não dá, o jeito é tocar adiante.
Normalmente, nesses dias, eu saio com o pé esquerdo da cama, bato o dedo mindinho na quina da cômoda e piso no tapetinho molhado do banheiro (existe alguma coisa mais irritante que pisar de meias no tapetinho molhado do banheiro??)
Invariavelmente, nesses dias, eu estou mais atrasada e o trânsito mais complicado, claro.
Chego atrasada na academia, saio atrasada da academia, a reunião atrasa, pepino monstro pra resolver... Volto pra casa (atrasada) queimo a carne, torro o feijão, mercado lotado, fila...Depois de um dia longo e difícil, daqueles corridos à beça, quando parece que finalmente o sofrimento vai ter fim, pra piorar o meu mau humor e me deixar à beira de um ataque de nervos, os meus filhos começam a falar coisas esquisitas, do tipo: "Mano", "véio", "se pá", "suave", "demorô", "brisa louca", "tá ligado", etc. Dai-me paciência!
Seria este um dialeto próprio ou eles aprenderam algumas palavras em javanês na minha ausência? Sirvo o jantar para essas doces criaturinhas ou mando pra cama com fome, pra ver se aprendem a falar português?
Melhor respirar fundo e contar até 100 bem devagar. Só pra não correr o risco de imitar o Michael Douglas...

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