sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Me sentindo um ET

Outro dia a minha filha mais velha me veio com essa: "Mãe, você é tão velha! Olha as coisas que você fala!?"
Eu levei o maior susto, pois eu vivo tentando me atualizar. É sério! Seja com as pequenas maravilhas tecnológicas, a linguagem, o comportamento, os relacionamentos e até com a educação da prole. Confesso que a parte mais difícil é mudar o meu jeito de falar (como você pode constatar pelo "prole", algumas linhas acima). Ué, que culpa eu tenho se quase tudo que eu conheço muito bem mudou de nome? Estou levando super a sério esta história de reciclar o meu vocabulário, mas às vezes passa alguma coisa... fazer o quê? É informação à beça para o meu cérebro de balzaquiana! Aliás, acho que a expressão "à beça" também caiu em desuso, né?
Olha só: Nasci nos anos 70, quando a criançada fazia a Pré-Escola, depois o primário, o ginásio e o colegial. Esqueça tudo. Hoje os nomes são Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio (Ufa! Decorei!). Sou da época que a gente chamava o professor de mestre ou de "Seu" e a professora de "Dona" (seguido do nome, claro). Pode esquecer também. Hoje eles são chamados de "Sôr" ou "Sôra". Só. Sem nome e só meia palavra mesmo.
Paquerar alguém virou "pagar pau", passar vergonha virou "pagar mico". É informação demais! Não dá...O que eu posso fazer? Quando eu percebo já disse coisas do tipo: "Nossa! Tá o maior toró lá fora!", "Não vai! E não quero nem choro nem vela!", "Olha aí. Comeu bola! Tá vendo?" ou "O cara é o cão chupando manga!". Jesus, será que eu ainda tenho salvação? Nem que a vaca tussa? Posso ir tirando o cavalinho da chuva??

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