domingo, 6 de junho de 2010

Choradeira, correria e estresse em Buenos Aires


Oi gente! Deixei o blog abandonado por algumas semanas, sorry... O motivo é justíssimo: Estava programando e desfrutando de todos os prazeres que uma viagem com o maridão pode proporcionar. O destino escolhido foi Buenos Aires. Aliás, eu até perdi a conta de quantas vezes programamos conhecer as "coisas" portenhas... mas nunca dava certo! Desta vez deu. Quer dizer, foi quase tudo perfeito. Exceto por um detalhe...
A viagem foi ótima ( e merecerá alguns posts sobre compras em outlets, preços, restaurantes, lugares imperdíveis...), mas o post de hoje é pra falar sobre umas das mais terríveis experiências da minha vida: perder um documento fora do meu país.
Fiz o check in e fui toda feliz entregar o meu formulário preenchido no balcão do Tax Free. Tudo certo. "Agora vou almoçar e esperar a confirmação do meu portão de embarque", pensei eu, mas sabe aquela espiadela básica nos documentos? Pois é... Foi nesse momento que me dei conta: "F... !!Perdi minha carteira de identidade uma hora antes de embarcar de volta ao Brasil!" Quase surtei! Perguntei por todos os lados: falei com a polícia do aeroporto de Ezeiza (que aliás, só faltou me botar pra correr), falei com o setor de achados e perdidos, falei com a companhia aérea, voltei ao balcão do Global Refund... e nada! A saída foi mandar descer as minhas malinhas do avião e sair correndo para o Consulado do Brasil na Argentina.
É claro que para a aventura ficar completa faltava um pouco mais de adrenalina. Não bastava apenas o fato de ser sexta-feira à tarde e Ezeiza ficar a 40 minutos de carro da Carlos Pellegrini... Quando cheguei ao suposto endereço do Consulado, que era na verdade um consultório de oftalmologia, é que descobri que me deram o endereço errado! "F...!" Por sorte encontrei um atendente educado na recepção de um hotel vizinho ao endereço, que me informou que eu estava a 8 quadras do endereço do Consulado Brasileiro! "F...!!" Saímos correndo feito loucos, atravessamos as avenidas entre os carros em movimento (aliás, típico comportamento portenho) e fizemos as 8 quadras em pouco mais de 4 minutos... Que bom que eu sou metida a atleta!
Fui super bem atendida no Consulado. Aliás, depois de um puta susto desses, ouvir alguém que não fosse o meu marido falando a mesma língua que eu ajudou a acalmar o meu coração aflito...
Só pra encurtar a história: Fui para a delegacia mais próxima fazer o B.O. e voltei ao Consulado, pra pegar uma autorização provisória pra deixar o país.
Peguei um taxi de volta ao aeroporto e fizemos a cagada de dizer ao motorista: "Por favor, para o Aeroporto de Ezeiza, rápido! Estamos com pressa". Nossa! O senhorzinho levou ao pé da letra! "F...!!" (Perdi a conta de quantas vezes eu disse f... neste dia)... ele passava entre as faixas, buzinava, xingava todo mundo e até mandava beijo para os outros motoristas..."Perdi o vôo das 14h30, mas quero chegar viva ao aeroporto e pegar o vôo das 20h", disse ao meu marido. Ele, aliás, tava se divertindo com o senhorzinho e me dizia: "Relaxa, ele até que dirige muito bem", enquanto insistia em falar sobre futebol, economia e amenidades com o portenho.
Enfim chegamos ao aeroporto (faltavam alguns minutos para o início do embarque). "O senhor aceita dólar ou Real?" (já que não tínhamos a quantidade de pesos suficientes que o senhorzinho pedia: salgados 140 pesos!) Pô! Me deu vontade de dar um soco no nariz do cara! Eu tinha percorrido o mesmo trajeto às 11h30 da manhã e o motorista me cobrou 88 pesos... Mas como não tivemos tempo de negociar a corrida antes de entrar no taxi - por conta da pressa -, tivemos de pagar o que o taxista exigia... É claro que o meu marido não me deixou partir pra porrada e lá fomos nós três enfrentar a fila do câmbio...
O avião deixou o solo às 20h10 da noite. Graças a Deus estávamos a bordo!

2 comentários:

  1. to rindo muito aqui com a parte do taxixsta , hahahahahahahahahahahahaha.. Vinii!

    ResponderExcluir
  2. Amiga, que maratona hein ?
    Ainda bem que vc conseguiu voltar no mesmo dia... Um amigo meu perdeu o passaporte em NY.. levou 4 dias pra conseguir voltar e disse que teve que fazer um STRIP básico no aeroporto !

    Adorei este post... mais foi pela sua veia cômica, não pela desgraça, tá amiga....

    Beijo, Déa.

    ResponderExcluir