segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu me recuso!

Me recuso a conter a vontade de chacoalhar o esqueleto ao ouvir os grandes sucessos dos anos 70 e 80... Eu adoro! E daí se alguém me chamar de velha? Dane-se! Pra não dizer outra coisa.
Me recuso a abandonar o prazer de me jogar ao sol feito uma lagartixa, se é que lagartixa gosta mesmo de sol, pelo menos durante a viagem de férias de verão... Ora, ora... quando pego um solzinho eu me sinto mais bonita, mais saudável e parece que as olheiras ficam menos evidentes e os dentes mais brancos. Ué?! Qual o problema? Uso filtro solar, claro, mas me recuso a abandonar a praia às 10 da manhã, como sugere a minha dermatologista.
A verdade é que tá me dando aquela depressão pré-consulta-ginecológica-anual, sabe? Aquela em que levamos todas as broncas do ano e escutamos do nosso médico todas aquelas histórias sobre NÃO PODE biquíni molhado,  NÃO PODE jeans apertado, NÃO PODE calcinha que não é de algodão... Recado à doutora: Pode sim, doutora. Desde que a senhora não veja.
Quer mais? Então lá vai:
Me recuso, como sugeriu um cirurgião vascular que visitei, a usar meias kendall diariamente. Tô fora! É horrível e esquenta à beça! Exceto no pós-cirúrgico, que agora está mais próximo que nunca...
Me recuso a abolir terminantemente o álcool, o tabaco e as noitadas da minha humilde existência. Deixo isso pra depois. Daqui uns 20 anos...Explico melhor: Todo mundo merece tomar uma cervejinha nos finais de semana e sair com os amigos vez ou outra pra voltar pra casa só pertinho da hora do galo cantar, não é não? Tá bom... tem a questão do cigarro... mas tá difícil largar o vício... Abafa!
Me recuso a trocar as aulas de power jump ou as de bike pelas de pilates e yoga. Nada contra as referidas modalidades. Posso até acrescentá-las aos meus treinos, mas não vou abandonar as atividades mais intensas. Eu gosto e ponto final. Vou fazê-las enquanto tiver pique. Quem sabe até os 45 ou 50...
E tem mais: Me recuso a acreditar que a estrada acaba aqui. Sei o quanto o assunto é polêmico, mas prefiro acreditar que há sim vida após a morte. Pronto-falei.  Eu ia ficar muito deprimida se, toda noite, ao deitar a cabeça no travesseiro, pensasse: "Ihh... um dia a menos..."

Sou uma mulher de quarenta, sim! Mas eu não vivo em 1930... E hoje as coisas são bem diferentes.
Fiz dois tratos com o maridão. O primeiro deles: Se eu chegar aos 70 "pagando" de quarentona, que ele me dê um "Acoooorda, coroa!!". O segundo? Quem chegar primeiro "do lado de lá" liga no celular de quem ficou por aqui ou manda um torpedo pra dizer como é que é.

4 comentários:

  1. Apoiada, apoiada e apoiada!!!
    Tbém me recuso!!!

    bjo

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  2. Oba! Mais uma balzaca.
    Poderia ter escrito esse post, exceto por uma coisa: a disposição para atividades esportivas. rs
    Essa é a minha resolução número 1 de Ano Novo e até agora, ainda estou com a bunda sentada na cadeira. Shame on me.
    Gostei daqui. Posso sentar?
    Bjo

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  3. Certíssima, Vera! A vida está aí pra ser aproveitada mesmo.
    Beijos

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  4. Ju e Ilana: É isso! Decretada a hora da diversão!
    Dani: Bem-vinda! Acomode-se que a conversa tá só começando...

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